domingo, 5 de abril de 2015

A CHUVA QUE NÃO CHOVEU!

Recebi das mãos de Derly Silva esses versos, segundo ele de autor desconhecidíssimo, que retratam fielmente os desdobramentos de um desafio de trovas que deveria ter acontecido no Rodeio Crioulo Estadual de Tupãciretã em janeiro de 2015.



A CHUVA QUE NÃO CHOVEU!

Contrataram pra uma trova
quatro amigos meus,
galos pua de ouro
que só cantam versos seus
pra um rodeio em janeiro
na terra da mãe de Deus.

Era um grande desafio
na velha trova campeira
uma equipe da capital
contra uma da fronteira
e a grana quem garantiu
foi um tipo calaveira.

Mas um grande temporal
suspendeu o tal evento
eu juro que foi verdade
eu não minto, nem invento
deu uma chuva sem água
e uma ventania sem vento.

Que chuvisqueiro bagual
que chuva velha marota
de fazer novo ficar velho
e velha ficar garota
a chuvarada era tanta
que cabia num conta-gota.

Não foi igual ao dilúvio
aí seria exagero
mas o vendaval foi forte
vento velho caborteiro
trocou burro de invernada
touro e vaca de potreiro.

Raio, ouve apenas um
mas um já é perigoso
deu um susto na indiada
que por lá estava de pouso
derretendo inclusive
a guampa do boi barroso.

A equipe da capital
já ficou de cara feia
uns não acreditavam
outros queriam peleia
Ventania, Adão Bernardes
Renato e Volnei Corrêa.

Já queimei campo com chuva
fiz enterro sem defunto
vou parando por aqui
não por falta de assunto
é que onde eu me encontro
a chuva já chegou junto.

Autor desconhecidíssimo.

 E no mas esse blog, deseja a cada internauta, que nos acessa uma feliz páscoa.

Por hora é isso, inté fui...

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