sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

COMISSÕES AVALIADORAS DO 31º RODEIO INTERNACIONAL DE VACARIA.

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Conheça as comissões avaliadoras dos concursos artísticos

Conheça as comissões avaliadoras dos concursos artísticos



Conheça as comissões avaliadoras dos concursos artísticos
Conheça as Comissões Avaliadoras dos Concursos Artísticos do VII RCNAT e do 31º Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria

- Danças Tradicionais Adulta e Veterana
Moacir Gomes dos Santos
Marcelo Rosa
Tereza Cristina Rocha Roszkowski

- Danças Tradicionais Pré-Mirim, Mirim e Juvenil
Jackson Souza Santos
Eduardo Sá
Luciano Roszkowski

- Danças Birivas
Luciano Roszkowski
Jackson Alberto da Rosa
Pablo Bortolanza

- Gaita Ponto
Felipe Teixeira
Ricardo Comassetto
Tiago Dorival Paese de Camargo

- Gaita Piano
Beto Caetano
Luciano Maia
Diego Buchebuamm

- Declamação Prenda
Silvana Regina de Andrade
Luciano Salerno
Anderson Fonseca Rocha

- Declamação Peão
Jair da Silva Silveira
Rosana Araújo
João Batista Oliveira

- Violão Solo
Maikel Paiva
Gabriel Selvagem
Cristian Camargo

-Intérprete Vocal
Juliana Spanevello
Nilton Ferreira
Marcelo Oliveira

- Chula
Suiam Oliveira
Leandro Lottici
Cristian Cleber Wolff
Huberto José Limberger Junior

- Trova e Payadas

José Oliveira Estivalet
Adão Bernardes
Renato Mello Kruel

* Lembrando aos amigos tradicionalistas, que já estou acampado junto com o pessoal de Minas Gerais, João Nogueira, Porfírio e o menino Cailan, e estão para chegar neste domingo, mais alguns mineiros, para aproveitar esse grande encontro cultural realizado a cada dois anos.

Por hora é isso, inté fui...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

C.T.G. LALAU MIRANDA DE PASSO FUNDO.

 SOBRE LALAU MIRANDA


Já que veio à baila a questão do CTG Lalau Miranda de Passo Fundo, estar proibido ou em vias de, realizar bailes por conta do volume excessivo, me fez recordar uma passagem que me foi contada creio que pelo Orlei Carames.
 
Numa feita, ao final de tarde, o Estanislau retornava para a casa grande da fazenda quando se deparou com dois flaquitos carneando uma rês de sua propriedade. Após muito perseguir os dois, o Lalalu entricheirou eles num capão e os intimou:
 
- Porque estavam carneando uma das minhas novilhas?
 
Ao que de pronto um deles respondeu,:
 
- É que temos fome, nossa família passa por necessidades.
 
De pronto, Lalau Miranda manteve um deles como compromisso e despachou o outro dizendo:
 
- Vá até a casa grande e pede 5 kg de sal, se é fome que vocês tem bamo dar um jeito nisso.
 
Quando o vivente que foi buscar o sal retornou, o brazedo já estava pronto e saborearam um suculento churrasco.
 
No final da bóia, pela sua grandeza o Lalau disse:
 
Quando necessitarem de algo, venham trabalhar para mim que les pagarei o justo.
 
(na foto museu do teixeirinha no parque da roselândia em Passo Fundo.

O resto da carne, o sebo e o couro podem levar, é de vocês e sua família.

Outro causo sobre Lalau Miranda, este contado por Dilerman Zanchet, extraído da Revista Somando, é o abaixo relatado:

Lalau Miranda era trabalhador esmerado e caprichoso e por isso muito abastado, mas, contudo, generoso e humano e temente à Deus. Sempre conformou-se com a sorte que o “Patrão das Alturas” lhe oferecia, certa feita, chegando em casa, encontrou sua bela morada transformada num braseiro e cinzas, com mulher e filhos desesperados em prantos pelo triste acontecimento. Mas o gaúcho, "vaqueano da vida", logo encontrou uma solução. Com sua peculiar serenidade e um sorriso nos lábios, por ver todos seus familiares salvos, perguntou à sua mulher:

- Ninguém se queimou, minha velha? Choramingando respondeu-lhe: 

- Não, graças a Deus, mas, de tudo que nós tinha, só restou a tua viola porque tava pendurada na laranjeira. 

- Ah!... Muito bem, Sinhá, então faça o favor de me alcançá-la e chega de choro. Faremos uma casa melhor e vamos todos cantá pra agradecê ao "Patrão" por ter-nos salvado a todos. 

E improvisou alguns versos agradecendo a Deus por ter poupado a vida de toda sua família.  
 
Isso mostra o caráter que não por nada é o patrono do mais antigo CTG de Passo Fundo e um dos primeiros do Estado. 

Matéria extraída do blog do Léo Ribeiro.

Por hora é isso, inté fui...

sábado, 16 de janeiro de 2016

31º RODEIO INTERNACIONAL DA VACARIA, TROVAS E PAJADAS.

31º RODEIO INTERNACIONAL DA VACARIA, TROVAS E PAJADAS.

Os concursos de trovas em duas modalidades no 31º Rodeio Internacional de Vacaria (campeira e estilo Gildo de Freitas) ocorrerão em sua fase classificatória no dia 30 de janeiro a partir das 16 hs no tablado 08, e após a classificatória das trovas no mesmo tablado acontecerá o concurso de Pajadas em uma única apresentação, portanto a pajada começa e encerra no sábado 30 de janeiro, que por sinal é o “dia do pajador”.
As trovas terão sua fase final no domingo, 31 de janeiro a partir das 16 hs no tablado nº 08:

As inscrições estão encerradas.


O cartão tradicionalista será de porte obrigatório no momento do concurso por parte do participante.  


TROVA CATEGORIA ÚNICA:

 GILDO DE FREITAS:

 1º LUGAR – troféu 31º Rodeio e R$ 2.550,00
 2º LUGAR – troféu 31º Rodeio e R$ 1,550,00
 3º LUGAR – troféu 31º Rodeio e R$ 1,050,00

 MI MAIOR DE GAVETÃO:

 1° LUGAR – troféu 31° Rodeio e R$ 2.550,00
 2° LUGAR – troféu 31° Rodeio e R$ 1,550,00
 3° LUGAR – troféu 31° Rodeio e R$ 1,050,00

 PAJADAS:

 1º LUGAR – troféu 31º Rodeio e R$ 1,250,00
 2º LUGAR – troféu 31º Rodeio e R$ 850,00
 3º LUGAR – troféu 31º Rodeio e R$ 550,00.

A comissão avaliadora das trovas e pajadas estará formada por:
José Estivalete, Adão Bernardes e Renato Kruel.


Essas são as informações que este blog está devidamente autorizado a divulgar sobre os concursos de trovas e pajadas do 31º Rodeio Internacional da Vacaria.


Por hora é isso, inté fui...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

LAUVIR SIQUEIRA CAMPEÃO EM CANELA.

LAUVIR SIQUEIRA CAMPEÃO EM CANELA.

O trovador Lauvir Siqueira da legendaria Vacaria, foi campeão de trovas no rodeio nacional de Canela no último dia 10 de janeiro no domingo.

 Os avaliadores foram Volnei Corrêa, Jurema Chaves e Renato Kruel.


E o radialista e apresentador Valdevi Maciel de São Francisco de Assis, me ligou ontem confirmando a realização da Tropeada de Versos daquela cidade para os dias 04 e 05 de junho de 2016. Em breve mais detalhes como premiação e comissão avaliadora aqui nesse blog.
Vamos aguardar que 2016 promete ser um ano de muitos festivais de trovas, por hora é isso, inté fui...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

1º MANANCIAL DE TROVAS DA RESTINGA, RESULTADO.

1º MANANCIAL DE TROVAS DA RESTINGA, RESULTADO.

Aconteceu neste sábado dia 09 de janeiro de 2016 na querência de São Vicente do Sul o 1º Manancial de Trovas da Restinga onde participaram 16 trovadores convidados das cidades de Santana do Livramento, Rosário do Sul, São Pedro do Sul, São Francisco de Assis, Alegrete e Cacequí, além é claro dos trovadores de São Vicente do Sul.





Na avaliação apenas dois avaliadores, Luiz Sodré e Adão Bernardes, o apresentador foi Gilmar Giacomelli e o gaiteiro foi Agner Souza Brum e o local do evento foi o Piquete de Laçadores da Restinga.

A coordenação geral do evento ficou a cargo de Jairo Martins.

Vale ressaltar que o referido evento teve verba exclusiva das pessoas físicas e jurídicas do município de São Vicente do Sul, não tendo portanto nenhum aporte de verbas públicas.

A intenção é que esse evento volte a se realizar no ano que vem, com premiação maior e com participação livre para trovadores de todo o estado e até de estados vizinhos.

Vamos ao resultado.

Trova campeira:

1º lugar – Diomar Almeida (Alegrete)
2º lugar – Aldorí Tito (Alegrete)
3º lugar – Jaír Crorrêa (São Vicente do Sul)

Trova estilo Gildo de Freitas:

1º lugar – Ryan Almeida (Alegrete)
2º lugar – Papa Figo (São Francisco de Assis)
3º lugar – Valdecí Martins (São Vicente do Sul)

Trova de Martelo:

1º lugar – Luciano Quines (Santana do Livramento)
2º lugar – Caneleira (São Vicente do Sul)
3º lugar – Alciomar César (São Vicente do Sul).


Por hora é isso, inté fui...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

HOJE É DIA DOS SANTOS REIS




Folia de Reis é um festejo de origem portuguesa ligado às comemorações do culto católico do Natal, trazido para o Brasil ainda nos primórdios da formação da identidade cultural brasileira, e que ainda hoje mantém-se vivo nas manifestações folclóricas de muitas regiões do país.
Na tradição católica, a passagem bíblica em que Jesus foi visitado por reis magos, converteu-se na tradicional visitação feita pelos três "Reis Magos", denominados Melchior, Baltasar e Gaspar, os quais passaram a ser referenciados como santos a partir do século VIII.

Fixado o nascimento de Jesus Cristo a 25 de dezembro, adotou-se a data da visitação dos Reis Magos como sendo o dia 6 de janeiro que, em alguns países de origem latina, especialmente aqueles cuja cultura tem origem espanhola, passou a ser a mais importante data comemorativa católica, mais importante, inclusive, que o próprio Natal
Mas como se compõe e qual a função do Terno de Reis?

Segundo o folclorista Paixão Côrtes, é variável o número de participantes de um "terno" pois nem sempre os cantadores são também instrumentistas, e isto obriga a uma maior divisão de funções. No geral, não vai além de oito pessoas: o mestre ou guia e o ajudante de mestre; contra-mestre e ajudante de contra-mestre; o tipe; o tambor; o triângulo e a rabeca. O mestre, que é o diretor, deve não só ser um bom repentista como também um bom conhecedor da história do nascimento de Jesus, principalmente no que se refere à visita dos Reis Magos. É o mestre (em primeira voz) que inicia o canto acompanhado de seu ajudante (em segunda voz); o verso é então repetido pelo contra-mestre e seu ajudante, também em primeira e segunda voz, respectivamente. O tiple ou tipe ou ainda tipi, é ordinariamente uma criança que se encarrega de cantar as firmatas características do segundo e do quarto verso de cada estrofe ou somente deste último. Podem existir um ou dois tipes em cada terno. Sobre esta figura assim se expressou o folclorista Mário de Andrade: "A mim me parece que o quipe que 'faz o contracanto' é o mesmíssimo 'tiple', também 'tipe' pela nossa gente folclórica, palavra de terminologia musical espanhola que nomeia o soprano (se trata dum menino) muito generalizada nas cantorias brasileiras para indicar uma voz subalterna.
Embora raro, encontramos o terno acompanhado de pau de fita, boizinho, bumba-meu-boi etc., então com suas representações coreográficas algo dramáticas, lembrando um rancho definido por Mário de Andrade. Aparecem também por vezes homens vestidos de mulheres, bem como os arcos de flores das "jardineiras", os cavalheiros, os porcos, caiteto, uma verdadeira bicharada.

Letra e música

As estrofes de nossos ternos de Reis, são quadrinhas na maioria das vezes de feitura popular, heptasílabas que narram episódios referentes ao nascimento de Cristo. Podemos classificá-las como religiosas e profanas. As primeiras são aquelas que no seu conteúdo mantêm bem vivo o motivo cristão das comemorações da Bíblia. As profanas são as que fogem ao tema do ciclo natalino religioso. Mas antes desta narração encontram-se os versos de chegada ou de saudação, à porta da casa. Os versos compreendem vários ciclos: anterior ou véspera de 25, dia de Natal, de 25 à 1º do ano e de 1º de janeiro ao dia de Reis. As estações são cantadas de acordo com o decorrer dos dias, e obedecem as seguintes principais frases: Chegada, Entrada, Louvação, Peditório, Agradecimento e Despedida.

Cada terno tem mais ou menos decorado um número grande de versos, podendo no entanto "o mestre" acrescentar improvisos que a situação exigir.

São numerosas as melodias existentes. Variam de região para região. Talvez os tipos de instrumentos musicais acompanhantes tenham contribuído para o surgimento dessas variedades. Em nossas pesquisas registramos inúmeras "toadas". As melodias geralmente apresentam duas partes distintas: uma bastante lenta, corresponde aos versos cantados; a outra somente tocada, no geral caracteriza-se por uma aceleração do ritmo.

A seguir damos um exemplo da maneira de como é "tirado" um verso pelos cantores:

Cantam: mestre e seu ajudante
Os três Reis por serem Santos
Os três Reis por serem Santos
Se puseram a caminhar
Repetem: contra-mestre e seu ajudante
Os três Reis por serem Santos
Os três Reis por serem Santos
Se puseram a caminhar
Cantam: mestre e seu ajudante
Procurando Jesus Cristo
Procurando Jesus Cristo
Em Belém foram encontrar
Repetem: contra-mestre e seu ajudante
Procurando Jesus Cristo
Procurando Jesus Cristo
Em Belém foram encontrar

Em outros ternos, porém, cantam os "reses" quadrinha por quadrinha; assim como as melodias, as maneiras de cantar são também distintas.

Geralmente eles terminam o verso bem "choroso", acrescentando "oi"...
Instrumentos

Os instrumentos musicais que podem considerar como tradicionais são: viola, rabeca, gaita, violão, tambor ou caixa de triângulo.

Comum outrora era a parceira da viola com a rabeca acrescida quase sempre de tambor ou triângulo. Na falta deste último um estribo de meia picaria é também usado.

Atualmente a gaita tomou conta da parte musical, fazendo-se acompanhar do violão e não raro de pandeiro, chocalho e cavaquinho.

Visita

Em traços gerais a visita dá-se da seguinte maneira: no terreiro da casa, o "terno" tendo a frente o "mestre" e o "ajudante", faz em verso de "saudação" ao dono da residência, solicitando permissão para cantarem e ao mesmo tempo justificando-se da sua chegada:

Chegada
Agora mesmo chegamos
Na beira do seu terreiro
Para tocar e cantar
Licença peço primeiro

Entrada
Se o proprietário concorda — geralmente muito satisfeito e feliz — abre a porta, convidando o mestre e seus cantadores para passarem. Existe mesmo uma certa tradição que consiste em o proprietário aguardar alguns versos para no caso positivo de receber o terno, acender as luzes da casa.

Porta aberta, luz acesa
Sinal de muita alegria
Entra eu, entra meu terno
Entra toda a companhia


Na saída, após muita cantoria, os cantores e os familiares ficam de alma limpa pela visita que representa a presença do menino Jesus em seu lar.

CANTIGAS DA ANUNCIAÇÃO DO SUPREMO ADVENTO.

Dois mestres, dois contra mestres
um tiple um violinista
assim na pampa sulista
por asfaltos e campestres
cruzam regiões silvestres
até mesmo no povoeiro
o pampa se fez herdeiro
ecoa no litoral
da véspera de natal
vão até seis de janeiro.

O terno de reis anuncia
o nascimento de Cristo
e nos diz assim num misto
de devoção e alegria
que o filho de Maria
vem a terra nos salvar
Melchior e Balthazar
conclamam em todos os pagos
e completando os três reis magos
representam rei Gaspar.

São três reis por isso é terno
é o supremo advento
o sagrado nascimento
do filho do pai eterno
e até no mundo moderno
ao ouvi-los me convenço
que esse amor tão intenso
se espalhou nos continentes
perene como os presentes
o ouro, a mirra o incenso.

O presépio é o cenário
onde os mestres improvisam
na cantiga nos avisam
que o supremo mandatário
num gesto extraordinário
de confiança e de bondade
pra nos mostrar a verdade
a luz e o melhor trilho
encarregou a seu filho
de salvar a humanidade.



Essa arte é o simbolismo
do que ocorreu em Belém
o nascimento de alguém
com luz e magnetismo
que abençoou o batismo
por não temer o mais forte
superou até a morte
essa figura abençoada
se canta em lenta toada
em todo litoral norte.

Quem recebe os peregrinos
abre a porta com franquia
e em silenciosa alegria
escuta os cantos divinos
os mestres são genuínos
fazem cantando a chegada
improvisam na entrada
num tom cadenciado e lento
contam todo o nascimento
conforme a bíblia sagrada.

O rei Gaspar era branco
o Melchior caboclão
formando uma integração
com Balthazar preto franco
os três reis no mesmo tranco
vieram prestar louvor
a Cristo nosso senhor
com devoção e respeito
sem reserva ou preconceito
nem de raça nem de cor.

E esta mesma integração
que se anuncia em cantiga
para que o amor prossiga
habitando o coração
no culto da tradição
quem viver vai percebendo
é a voz do povo dizendo
a mais sagrada das leis
enquanto houver terno de reis
Cristo estará renascendo.

A matéria sobre  o dia de Santos Reis foi compartilhada do blog de Léo Ribeiro e o poema é de minha lavra (Adão Bernardes).

Por hora é isso, inté fui...